2012 já passou, mas as homenagens ao centenário de
nascimento de Mazzaropi continuam.
No dia 5 de janeiro de 2013, o SESC Ipiranga inaugurou a
exposição “Por trás das câmeras”. Nesta exposição é possível encontrar alguns
objetos que evocam a memória da sua produtora PAM Filmes, telas com depoimentos
sobre sua vida e carreira, fotos e uma reconstrução afetiva do Universo e
imaginário do seu caipira e dos seus 32 filmes.
Com parceria do Museu Mazzaropi, o projeto “Mazzaropi, Além
do Riso”, terá uma programação paralela de filmes, debates e shows musicais
durante o período em que a exposição estará em cartaz.
Esta mostra busca ressaltar a figura de Mazzaropi como
diretor, produtor e distribuidor ligado ao cinema popular, trazendo um pouco da
memória artística e os seus impactos, em diferentes instâncias, na
contemporaneidade. Uma programação especial de atividades, composta por
ambientações que recriam alguns de seus sets de filmagens, exibições de filmes,
apresentações de violeiros, intervenções literárias, contações de histórias,
bate-papos e cardápio temático, convida o público a adentrar no ambiente da
prosa caipira, tão bem retratada em sua filmografia.
Confira programação nesta página do SESC Ipiranga.
Saiba mais sobre Mazzaropi:
Amácio Mazzaropi nasceu em 9 de abril de 1912 em São Paulo.
Ainda criança, foi morar em Taubaté e desde pequeno revelava um talento para as
artes cênicas. Encenava monólogos na escola o tempo todo e quando conheceu uma
trupe circense descobriu o que queria na vida. Os pais foram contra, mas com
tamanha insistência do filho cederam. Ambos ingressaram na trupe, a mãe como
atriz e o pai cuidando da administração.
Do circo, Mazzaropi foi para o teatro, para o rádio, para a
tv e depois chegou ao cinema. Tornou-se um astro nacionalmente conhecido e fez 32
filmes ao longo de três décadas. Com a PAM Filmes, uma produtora independente criada por ele mesmo, mostrou que poderia fazer cinema de
qualidade, atrair o público, sem financiamentos ou patrocínios.
Mazzaropi morreu em 1981, sem deixar herdeiros. A PAM Filmes
e todo o acervo foram leiloados e os recursos divididos entre os parceiros e
amigos contemplados no testamento.
Muito criticado por fazer cinema para o povo, Mazzaropi morreu
sem ter o reconhecimento da crítica e previu que após a sua morte iriam
homenageá-lo e organizar mostras a respeito
dos filmes.
Fonte: SESC-SP e "Mazzaropi para mais Cem Anos"
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