Pular para o conteúdo principal

O velho e a jabuticabeira


Um velho estava cuidando de uma planta com todo o carinho. Um jovem aproximou-se e perguntou:
- Que planta é esta que o senhor está cuidando?
- É uma jabuticabeira, respondeu o velho.
- E ela demora quanto tempo para dar frutos?
- Pelo menos uns quinze anos, informou o velho.
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? – indagou, irônico, o rapaz.
- Não, não creio que viva mais tempo, pois já estou no fim da minha jornada, disse o ancião.

- Então, que vantagem o senhor leva com isso, meu velho?
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas, se todos pensassem como você...
“Não importa se teremos tempo suficiente para ver mudadas as coisas e pessoas pelas quais lutamos, mas sim, que façamos a nossa parte, de modo que tudo se transforme a seu tempo.”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Peixe, símbolo cristão

O símbolo mais reconhecido do cristianismo é sem dúvida a cruz , que pode apresentar uma grande variedade de formas de acordo com a denominação: crucifixo para os católicos, a cruz de oito braços para os ortodoxos e uma simples cruz latina para os protestantes evangélicos. Outro símbolo cristão, que remonta aos começos da religião. é o Ichthys ou peixe estilizado:  Uma outra versão contendo o acrônimo ΙΧΘΥΣ. Ictus, Icthus ou Ichthus (do grego antigo ἰχθύς, em maiúsculas ΙΧΘΥΣ ou ΙΧΘΥC, significando "peixe") é o símbolo ou marca do cristão. Significado "ΙΧΘΥΣ": trata-se de um acrônimo, utilizado pelos cristãos primitivos, da expressão "Iesus Christos Theou Uios Soter" (em grego, conforme se vê acima), que significa " Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador ". Foi um dos primeiros símbolos cristãos, juntamente com o crucifixo e continua a ser usado. A figura tinha, ademais, um significado místico, porque, como os peixes, também os cristãos eram ...

"EU VI ELE". Certo ou errado?

EU VI ELE SIM, E DAÍ? Marcos Bagno, coluna FALAR BRASILEIRO da revista CAROS AMIGOS , junho 2010 O pronome “ele” é usado como objeto direto (“vi ele”) no português há mais de mil anos: basta ler os textos medievais. Em dado momento da história de sua língua, os portugueses abandonaram esse uso (nenhuma surpresa, já que as línguas mudam sem parar). Ele, porém, continuou vivo e atuante no português brasileiro e africano. No entanto, só porque os portugueses não dizem “vi ele”, esse uso sempre foi tido como “errado”, como se o “certo” fosse sempre apenas o que os 10 milhões de lusitanos falam, em detrimento dos outros 200 milhões de falantes da língua mundo afora! Pois bem, na gramática de Perini, sem nenhum rodeio, encontramos o seguinte: “Alguns pronomes só têm uma forma, que vale para todas as funções. É o caso de ele, ela e seus plurais, que não variam formalmente quando em funções diferentes: Eu chamei ele para ajudar na cozinha; Ela passou no exame da OAB; De repente eu vi eles c...

O centenário de Luiz Gonzaga

No ano do centenário de Luiz Gonzaga (que se completará no dia 13 de dezembro ), o baião, gênero que consagrou o sanfoneiro, mantém destaque no cenário musical e mostra que permanece vivo na MPB “Eu vou mostrar pra vocês/ Como se dança o baião/ E quem quiser aprender/ É favor prestar atenção”. Depois desse manifesto lançado na canção Baião, ninguém ficou alheio ao novo gênero que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira acabavam de apresentar em 1946. O ritmo estourou, conquistou multidões, colocou o Nordeste no cenário da música popular brasileira e ainda hoje influencia gerações. A canção foi gravada pela primeira vez pelo conjunto Quatro Ases e Um Coringa, da gravadora Odeon. A participação de Gonzaga, ou Lua, como era conhecido, restringiu-se a acompanhar o grupo com sua sanfona. A música estourou e, em 1950, Lua gravava a sua versão. Assim, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira consagravam-se o rei e o doutor do baião, respectivamente. Apesar do sucesso, Lua não foi o primeiro...