A gente precisa de pouco para viver
Dentro do sistema do capital, mais conhecido como capitalismo, nós não temos saída. A lógica do capital é se expandir, expandir, buscando acumular... acumular... ampliar para todas as dimensões da vida o lucro. O lucro para todo o lado. Isto não tem sentido, porque os recursos naturais têm que ser tratados com carinho, a terra, a água. A água não é mercadoria, as florestas não são mercadoria. O capital quer destruir tudo em função do lucro e explorar também ao máximo o trabalho. A gente vê que cada vez mais os trabalhadores estão ganhando menos, o nível de exploração, todas as conquistas trabalhistas estão sendo destruídas. A gente vê que dentro deste sistema não há solução.
A gente tem que construir um outro sistema, um outro sistema econômico, que garanta que a sociedade tenha o domínio sobre as riquezas, e não as riquezas sobre a sociedade. Afinal de contas, as riquezas estão aí produzidas, não só as ambientais, naturais, mas também as riquezas tecnológicas que a inteligência humana construiu.
Foram trabalhadores e trabalhadoras deste mundo que construíram e o capital se apropriou delas. Nós, os trabalhadores, construímos isto tudo. Então, nós temos que pensar num outro sistema de funcionamento da economia que garanta a sustentação material da vida: a moradia, saúde, educação, comida, roupa, transporte, o mínimo necessário para viver com tranqüilidade. Dentro deste sistema de capitalismo, isto não é possível.
Aí que entra a economia solidária, a sócio-economia solidária. Ela se situa nesse campo das questões alternativas. Nós não somos, não queremos ser um lixo de mercado dentro do capital. Nós queremos destruir a lógica do capital e construir uma sociedade controlando as riquezas, os destinos das suas próprias necessidades, porque essa coisa de que as necessidades são ilimitadas e os recursos são escassos é só papo furado.
As necessidades abstratas do ser humano são ilimitadas: a necessidade de amar, da beleza, do prazer, da alegria. Mas a necessidade material é limitada. A gente precisa de pouco para viver. A gente confunde muito as coisas. Não é a natureza humana que quer assim; as coisas são construídas culturalmente.
Penso que o campo é esse. A gente tem que pensar e construir uma outra forma de fazer economia e a economia solidária está situada neste campo. Isto é novo e é motivo de esperança.
Fonte: Jornal Mundo Jovem (http://www.mundojovem.com.br/)
Dentro do sistema do capital, mais conhecido como capitalismo, nós não temos saída. A lógica do capital é se expandir, expandir, buscando acumular... acumular... ampliar para todas as dimensões da vida o lucro. O lucro para todo o lado. Isto não tem sentido, porque os recursos naturais têm que ser tratados com carinho, a terra, a água. A água não é mercadoria, as florestas não são mercadoria. O capital quer destruir tudo em função do lucro e explorar também ao máximo o trabalho. A gente vê que cada vez mais os trabalhadores estão ganhando menos, o nível de exploração, todas as conquistas trabalhistas estão sendo destruídas. A gente vê que dentro deste sistema não há solução.
A gente tem que construir um outro sistema, um outro sistema econômico, que garanta que a sociedade tenha o domínio sobre as riquezas, e não as riquezas sobre a sociedade. Afinal de contas, as riquezas estão aí produzidas, não só as ambientais, naturais, mas também as riquezas tecnológicas que a inteligência humana construiu.
Foram trabalhadores e trabalhadoras deste mundo que construíram e o capital se apropriou delas. Nós, os trabalhadores, construímos isto tudo. Então, nós temos que pensar num outro sistema de funcionamento da economia que garanta a sustentação material da vida: a moradia, saúde, educação, comida, roupa, transporte, o mínimo necessário para viver com tranqüilidade. Dentro deste sistema de capitalismo, isto não é possível.
Aí que entra a economia solidária, a sócio-economia solidária. Ela se situa nesse campo das questões alternativas. Nós não somos, não queremos ser um lixo de mercado dentro do capital. Nós queremos destruir a lógica do capital e construir uma sociedade controlando as riquezas, os destinos das suas próprias necessidades, porque essa coisa de que as necessidades são ilimitadas e os recursos são escassos é só papo furado.
As necessidades abstratas do ser humano são ilimitadas: a necessidade de amar, da beleza, do prazer, da alegria. Mas a necessidade material é limitada. A gente precisa de pouco para viver. A gente confunde muito as coisas. Não é a natureza humana que quer assim; as coisas são construídas culturalmente.
Penso que o campo é esse. A gente tem que pensar e construir uma outra forma de fazer economia e a economia solidária está situada neste campo. Isto é novo e é motivo de esperança.
Fonte: Jornal Mundo Jovem (http://www.mundojovem.com.br/)
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