São Luís do Paraitinga satiriza dia das bruxas com 'raloim caipira', dedicado ao Saci
Cidade conhecida por sua tradição festeira, São Luís do Paraitinga realiza a Festa do Saci anualmente, sempre no final de outubro. O mito do moleque arteiro motivou a comemoração no município, que se nega a celebrar o halloween – dia das bruxas nos moldes "importados" dos Estados Unidos. Entre contos de "causos", histórias, música, teatro, brincadeiras e oficinas, a festa reúne observadores, curiosos e interessados em saber mais sobre a cultura popular.
Em São Luís, a festa, em 2010, ganhou um significado maior. No início daquele ano, a cidade enfrentou uma enchente que deixou seu patrimônio arquitetônico parcialmente destruído, e agora está sendo reerguida do estrago que as chuvas causaram ao município. Mas, ao visitá-la, é possivel perceber que a festividade da população não foi abalada na tragédia.
Mesmo ainda com o centro histório cercado de obras, resultado da lentidão com que os recursos públicos têm entrado na cidade, São Luís e seus moradores esperam pelos turistas com a mesma receptividade costumeira. Praticamente todos os restaurantes e pousadas já estão reabertos.
O "Raloim caipira" é uma iniciativa da Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci). A festa insere na cultura local uma comemoração dedicada a um personagem genuinamente brasileiro. Das suas artimanhas, ouve-se histórias de moradores que afirmam conviver há anos com as traquinagens do Saci.
No estado de São Paulo, 31 de outubro é oficialmente o "Dia do Saci e seus Amigos". Leis semelhantes definiram a data em São Paulo (SP), São Luís do Paraitinga (SP), Guaratinguetá (SP), Embu das Artes (SP), São José do Rio Preto (SP), Uberaba (MG), Poços de Caldas (MG), Vitória (ES), Fortaleza (CE) e Independência (CE).
Fonte: Rede Brasil Atual
Acesse aqui a interessante crônica "Que raloín, que nada!", de Mouzar Benedito. A seguir, alguns trechos:
"Ela é uma velha feia e malvada. Tem uma verruga peluda na ponta do nariz, encurvado que nem bico de gavião. No raloín, quer dizer, Halloween, como escrevem os gringos e os que os seguem, lembram-se dela e ameaçam: um suborno (em forma de doces) ou usam as maldades dela contra nós (travessuras)."
"O Saci não é antibruxas, gosta delas. E a festa delas, com brincadeiras também para o Saci, inclui uma abóbora, só que não para assustar pessoas: como boas catarinenses, elas apreciam abóbora com camarão."
"Escolhemos o Saci como símbolo do dia 31 porque ele é o nosso mito mais conhecido em todo o Brasil, não há lugar onde não o reconheçam. Além disso, é o mais simbólico: no início era um índio, depois foi adotado pelos negros e virou negro também e, por fim, ganhou o gorrinho mágico dos europeus. É a síntese do brasileiro."
Acesse aqui a interessante crônica "Que raloín, que nada!", de Mouzar Benedito. A seguir, alguns trechos:
"Ela é uma velha feia e malvada. Tem uma verruga peluda na ponta do nariz, encurvado que nem bico de gavião. No raloín, quer dizer, Halloween, como escrevem os gringos e os que os seguem, lembram-se dela e ameaçam: um suborno (em forma de doces) ou usam as maldades dela contra nós (travessuras)."
"O Saci não é antibruxas, gosta delas. E a festa delas, com brincadeiras também para o Saci, inclui uma abóbora, só que não para assustar pessoas: como boas catarinenses, elas apreciam abóbora com camarão."
"Escolhemos o Saci como símbolo do dia 31 porque ele é o nosso mito mais conhecido em todo o Brasil, não há lugar onde não o reconheçam. Além disso, é o mais simbólico: no início era um índio, depois foi adotado pelos negros e virou negro também e, por fim, ganhou o gorrinho mágico dos europeus. É a síntese do brasileiro."
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